Estou tonto, falta-me o ar. Só ouço as batidas
do meu coração. Minhas pernas estão tremendo, acho que vou desmaiar.
(...) O enfermeiro pediu que abrisse a boca, e por ela enfiou um tubo
preto, oco, de borracha. Disse que mordesse com força. (...) Passou uma
coisa gordurosa em minhas têmporas. Eu não conseguia mais raciocinar –
estava paralisado. (...) Só escutei parte do meu gemido. Perdi os
sentidos.” A descrição feita por Austregésilo Carrano no livro dele,
“Canto dos Malditos”, é de uma das mais de vinte aplicações de
eletroconvulsoterapia (ECT), conhecida como eletrochoque, recebidas nos 4
anos de internações psiquiátricas depois que o pai de Carrano achou
maconha no bolso da jaqueta do rapaz, em 1976. O livro de Carrano
inspirou o filme “O Bicho de Sete Cabeças” e ele se tornou um militante
contra aquilo que chamou de “chiqueiros psiquiátricos” e suas práticas
de “fritar as pessoas”, até sua morte em 2008. No caso dele, o
eletrochoque era usado como medida punitiva, já que ele não apresentava
qualquer problema mental. Mas há psiquiatras que acreditam que a
eletroconvulsoterapia, que provoca convulsões artificiais através de uma
corrente elétrica aplicada nas têmporas de pacientes com transtornos
específicos, se feita corretamente, pode salvar vidas. Sérgio Paulo
Rigonatti, coordenador do serviço de ECT do Instituto de Psiquiatria do
Hospital das Clínicas de São Paulo é defensor da prática. Ele explica
que a descarga funciona para ordenar o cérebro, como se a mente fosse
uma usina elétrica falhando, que recebe uma carga de energia a mais e
volta a funcionar. “No império Austro-Húngaro (década de 30) médicos
observaram que quem que sofria de epilepsia melhorava de delírios. Isso
não é verdade, mas as pesquisas produziram as terapias convulsivas”,
conta.A equipe de Rigonatti atende cerca de 20 pacientes por dia, que
chegam de todos os cantos do País, para as sessões de ECT. O tratamento
inicial prevê 12 sessões, duas por semana, e é indicado para depressões
graves, mulheres grávidas que não podem tomar medicações, idosos, alguns
quadros psicóticos, mania e catatonia. Mas a grande campeã é a
depressão, segundo o psiquiatra Eduardo Aratangy. O Instituto inspira
confiança. Reformado recentemente, é bonito, moderno, tecnológico. A
enfermaria do ECT é pequena, com boxes para três ou quatro macas, e os
aparelhos ficam dispostos sobre pequenos armários onde se guardam
protetores bucais descartáveis e outros aparatos. Aratangy explica que,
hoje, o paciente é anestesiado para não sentir as contrações, parecidas
com cãibras por todo o corpo e que, eram responsáveis por fraturas, pelo
sacudir violento dos braços e pernas. Os protetores bucais, que
substituíram os tubos de borracha, evitam que o paciente morda a língua
ou quebre os dentes. O procedimento é feito em jejum, por causa da
anestesia e também para que o paciente não aspire o próprio vômito ou
água. Segundo Aratangy, tudo dura cerca de 1 minuto. Depois, os
pacientes são levados para o outro lado do biombo, entre as duas salas,
para se recuperar da confusão mental. No dia da visita, havia quatro
pacientes na recuperação. Três idosos e uma mulher. Todos olhando
fixamente para o nada. Na sala de espera, um marido agitado, diz que a
esposa e a filha estão sob os cuidados de Rigonatti há algumas semanas.
“Sofri 5 anos tentando cuidar sozinho delas. Perdi o emprego, chegamos a
dormir amarrados, para que não fugissem ou tentassem se matar.” Do
outro lado dessa corda, está o psiquiatra e fundador do Movimento
Antimanicomial Paulo Amarante. “Nós já conseguimos resultados ótimos
acompanhando e tratando pessoas desenganadas por essa psiquiatria de
remédios.” Ele acredita que é preciso considerar o social na doença
psiquiátrica: “Nem sempre o sofrimento tem fundo químico. As pessoas
sofrem de miséria, fome, violência sexual.” Amarante afirma que nunca
receitou o ECT: “Acho que foi pouco pesquisado e os efeitos colaterais
ainda não são conhecidos. Também acredito que a confusão mental, a perda
de memória e as dores de cabeça (que acontecem depois da recuperação
por conta da forte contração muscular) não valem à pena.” Os dois
psiquiatras concordam em alguns aspectos. Rigonatti também vê o ECT como
algo que precisa de novos estudos e pesquisas. E admite que nas décadas
de 60 e 70, o eletrochoque era usado como instrumento de tortura e de
caráter punitivo. “Cansei de ver psiquiatras frustrados dando choque em
quem não precisava.” Mas discordam radicalmente quanto à eficácia do
tratamento. “É uma medida paliativa e de resposta imediata apenas. É
mais fácil dar um choque e trancar do que tratar”, acredita Amarante. Já
Rigonatti diz que é importante desmistificar o tratamento: “O número de
óbitos é de um para cada 100 mil aplicações e a resposta é rápida. Além
disso, hoje, ninguém é obrigado a se submeter ao procedimento. Se o
paciente não quer, assina um termo de responsabilidade e vai embora.”
É
possível recomeçar, acreditar na reintegração dos adolescentes, este
tem sido o trabalho incansável do projeto UNIVERSAL na Fundação Casa,
uma vez por mês é realizado um almoço para as famílias dos internos no
Cenáculo do Brás.
o
Pastor Geraldo Vilhena coordenador Responsável pelo trabalho na
Fundação Casa, reúne sua equipe de fé, para um almoço de
confraternização, um almoço oferecido pelos voluntários da UNIVERSAL,neste ultimo domingo, não foi diferente, o pastor , inicia o almoço
com uma oração deu uma palavra de fé para as mães. Disse ele:“’ Muitas
vezes o seu filho parece ser uma outra pessoa, ele é um filho amoroso
mais tem momentos que ele se transforma . Isso é um mal espiritual ,e
fácil você dizer sim para seu filho, mais é preciso ter coragem para
dizer não, a palavra de Deus diz sim sim, não, não o que passar disso
vem do maligno.
Em
seguida as mães acompanharam com atenção os testemunhos de fé de Robson
de Freitas , e Amauri Figueiredo , ambos com envolvimento com drogas e
tráfico
Robson diz que várias vezes tentou parar de usar as drogas , mais não conseguiu, foi só com ajuda de Deus, conseguiu sair do fundo do abismo,
Amauri ex-traficante conta que havia muitos conflitos , dentro de casa
também voluntários relataram, seus testemunhos,
Dona Vicentina, conta que quando bebia, quebrava tudo dentro de casa,
ninguém a segurava, me levavam para o hospital, tomava medicação , mais
passava o efeito, eu quebrava tudo novamente disse ela.
Obreiro Laudilino ex- presidiário da UNIVERSAL de Cidade Ademar fala sua experiência na vida do crime quando estava lá.
Obreira
Amparo, fala para as famílias dos internos que os jovens dentro da
Fundação Casa, estão tendo um bom atendimento espiritual pela UNIVERSAL.
Diva
voluntária da A M C (Associação de Mulheres Cristã), ficou maravilhada
pelo atendimento da UNIVERSAL para com as Famílias dos internos da
Fundação Casa.
Foi
feita também a oração da fé , pelas famílias , pois o problemas maior é
espiritual, Pastor Geraldo finaliza dizendo, A única forma de vencer o
mal é através da fé no Senhor Jesus.
Voluntário da UNIVERSAL almoçam com as famílias dos internos da Fundação CASA, próximo do Templo de Salomão.
Robson diz que várias vezes tentou parar de usar as drogas , mais não conseguiu, foi só com ajuda de Deus, conseguiu sair do fundo do abismo,
A
festa ficou completa com um delicioso almoço servido com carinho para
todos com direito a sobremesa, sorvete . Foi feita também a
distribuição de livros do Bispo Macedo, e caixinhas de promessas com a
foto do templo. Para muitas pessoas, parece sem importância alguma,
esse almoço, mais ver de perto a alegria de cada mãe, não tem preço que
pague, uma vida sendo restaurada , é uma sementinha que aos poucos vai
dar muitos frutos para o Reino de Deus.
Que o Senhor Jesus abençoe.
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